Nascido em Tóquio, em 1903, Yasujiro Ozu descobriu o cinema na adolescência, em sessões realizadas por um exibidor ambulante. Trabalhou por um breve período como professor, antes de voltar para Tóquio em 1923, onde se juntou à companhia cinematográfica Shochiku. Começou como assistente de fotografia. Três anos depois dirigiu o seu primeiro filme, A espada da penitência. Nos anos seguintes, assinou algumas comédias. Seu primeiro filme importante, Fui Reprovado, mas... é um drama social característico de seu estilo nos anos 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial foi enviado a Singapura, onde travou contato com o cinema americano moderno. Caiu prisioneiro e foi condenado a trabalhos forçados pelos ingleses. Retornou ao cinema em 1946 e em 49 dirigiu Pai e Filha, considerado como o filme mais profundamente japonês já realizado. A descrição da família atinge a perfeição em Também fomos Felizes e Viagem a Tóquio, seu filme mais conhecido no exterior. Suas últimas obras – Dia de Outono, Fim de Verão e A Rotina tem seu Encanto – brilham pela serenidade e pelo rigor formal. Só foi reconhecido no Ocidente como um dos maiores mestres do cinema japonês no fim da década de 70.