| É com muito orgulho que lançamos a 10ª edição da REVISTA CAL DIGITAL. O número crescente de acessos confirma o interesse por este espaço de informação e a importância de nos mantermos firmes no desenvolvimento de suas inúmeras possibilidades. Muito obrigado a todos que colaboraram conosco nessas 10 edições, especialmente ao querido ex-aluno, atual professor, nosso editor, o jornalista Daniel Schenker. Ao retratar os recém octogenários Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Antunes Filho, respectivamente por Barbara Heliodora, Sergio Britto e Domingos Oliveira, a REVISTA CAL DIGITAL, homenageia o supra-sumo do teatro nacional, referências máximas para nossos jovens atores. E é com essa permanente troca entre gerações que acreditamos poder contribuir para que a arte do teatro se perpetue vivamente em nossa sociedade. Boa leitura! No momento em que celebra a sua 10ª edição, a CAL Digital tem a oportunidade de prestar homenagem a três grandes artistas brasileiros – as atrizes Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg e o diretor Antunes Filho – que completaram, em 2009, 80 anos. Fernanda e Nathalia trabalharam juntas com frequência ao longo do tempo. Foram contemporâneas no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) e tiveram duelos famosos na televisão, a exemplo da novela O Dono do Mundo, de Gilberto Braga. Antunes também começou como assistente dos diretores italianos do TBC, especialmente de Adolfo Celi, dirigiu uma série de espetáculos importantes e marcou presença na televisão até o divisor de águas em sua carreira – Macunaíma, versão autoral da obra de Mário de Andrade. Além de destacar suas trajetórias, a CAL Digital reúne textos sobre cada um deles assinados por nomes renomados que vêm acompanhando de perto suas carreiras – casos da crítica de teatro Barbara Heliodora (que escreveu sobre Fernanda Montenegro), do ator Sergio Britto (sobre Nathalia Timberg) e do diretor e dramaturgo Domingos Oliveira (sobre Antunes Filho). A revista anuncia ainda outro marco: a inauguração, em 2010, do Instituto CAL de Arte e Cultura, que abrigará a Faculdade CAL de Artes Cênicas. Os alunos poderão escolher entre o novo curso universitário e o curso técnico, que passará a ser direcionado para as áreas de cinema e televisão. 2009, de qualquer forma, foi um ano bastante intenso, como fica comprovado nas montagens de formatura do segundo semestre, que valorizam a conexão com o cinema (ecos de Feios, Sujos e Malvados, de Ettore Scola, e de Fahrenheit 451, de François Truffaut) e clássicos da dramaturgia universal (A Gaivota, de Anton Tchekhov, e As Bruxas de Salém, de Arthur Miller). E a equipe de professoras conversa sobre a evolução dos cursos destinados a crianças e adolescentes. Nas Dicas, algumas das mais relevantes atrações dos últimos tempos: o lançamento do TEMPO_FESTIVAL, a cargo dos sócios Bia Junqueira, Cesar Augusto e Márcia Dias, que articulará teoria e prática em três partes distintas, o destaque aos livros sobre a atriz Maria Della Costa (a cargo da pesquisadora, professora e crítica Tânia Brandão) e dos 25 anos de fotografias de espetáculos clicadas por Lenise Pinheiro, a lembrança do mestre do cinema japonês Yasujiro Ozu, a homenagem ao mestre da dança contemporânea William Forsythe, a realização do primeiro CD solo de Henrique Band e a evocação de Helio Oiticica, cujo acervo, em grande parte, se perdeu num incêndio recente. Em sintonia com a temporada teatral, os alunos apresentam visões críticas de Moby Dick, encenação de Aderbal Freire-Filho, e Máquina de Abraçar, criação de Malu Galli. Daniel Schenker |