Em outubro de 2010 estreou  na TV Globo, "Araguaia", novela de Walther Negrão, tendo num dos papéis principais, Eva Wilma. Um novo trabalho para uma atriz que conseguiu viver de sua arte e manteve uma carreira brilhante.

Com excepcionais trabalhos no teatro, Eva tornou-se através da televisão um dos grandes fenômenos de comunicação. Sua participação nos anos 50 em "Alô Doçura" ao lado do então marido John Herbert a consagrou definitivamente. "Alô Doçura", criação de Cassiano Gabus Mendes, durou quase 10 anos e foi um sucesso arrebatador e transformou o casal na dupla mais querida do Brasil.

Com o término do programa Eva passa para a TV Record, e ao lado de John, faz duas novelas: "Prisioneiro de um Sonho" (num triplo papel), de Roberto Freire e "Comédia Carioca", de Carlos Heitor Cony. Voltam a Tupi onde, ainda com John faz "Fatalidade", de Oduvaldo Vianna e "Ana Maria Meu Amor, de Alves Teixeira. Logo após, sem John e quebrando a imagem de doçurinha, interpreta a terrível e ”bela" Patrícia que persegue a "feia" Aracy Balabanian em "Angústia de Amar", onde estão também Cécil Thiré, Juca de Oliveira e Beatriz Segall.

Logo após ganha alguns prêmios como a Marcela em "O Amor Tem Cara de Mulher", reencontrando Cassiano Gabus Mendes como autor, ao lado de Aracy Balabanian, Cleyde Yáconis e Vida Alves. Afasta-se das novelas e faz dois seriados: "A de Amor", de Lauro César Muniz e "Confissões de Penelópe", adorável criação diária de Sérgio Jockyman. Depois de 4 anos afastada das novelas, retorna com uma grande e definitiva parceira, Ivani Ribeiro, interpretando a Jandira em "Meu Pé de Laranja Lima", onde no meio da novela entrou Carlos Zara, que também dirigia a novela, para fazer seu par; a química foi perfeita e o par tornou-se o principal da novela.

Em seguida faz o papel-título da graciosa "Nossa Filha Gabriela”, também de Ivani e com Guarnieri como par. "A Revolta dos Anjos", única novela da jornalista Carmen da Silva. Com inédito tema feminista é a próxima novela antes da grande reviravolta em sua carreira, as gêmeas Ruth e Raquel em “Mulheres de Areia", sucesso estrondoso da Tupi na época em que a TV Globo tinha audiência quase total no horário das 8.

Com "Mulheres de Areia", de Ivani, ao lado de Carlos Zara, com quem se casa durante a novela, após separar-se de John Herbert,  Eva tem uma das maiores interpretações de todos os tempos da história da telenovela, alcança uma repercussão rara fora da TV Globo e atinge um status comparável as principais atrizes na época: Regina Duarte, Glória Menezes, Dina Sfat, Marília Pêra e Yoná Magalhães. Com a novela Eva ganhou todos os prêmios de melhor atriz do ano, exceto o Troféu Imprensa que premiou Regina Duarte por "Carinhoso". Na entrega do prêmio, transmitida pela TV Globo, Regina, numa ousada e justa atitude, afirma que o prêmio é de Eva, justificando o mérito interpretativo da colega pelas atuações como Ruth e Raquel.

Eva torna-se a principal estrela da Tupi e contribui para os sucessos de audiência das novelas que faz em seguida "A Barba Azul" (novamente com Zara) e "A Viagem", ambas de Ivani Ribeiro. A Tupi entra na crise final e Eva prossegue na emissora interpretando a mitológica Sóror Helena no remake de "O Direito de Nascer" e em “O Julgamento" adaptação de "Os Irmãos Karamazov”, por Carlos Queirós Tele e "Roda de Fogo" adaptação de "Rei Lear" por Sérgio Jockyman.

A Tupi fecha e Eva ingressa imediatamente na Globo em "Plumas e Paetês" delicioso reencontro com Cassiano Gabus Mendes emendando com "Ciranda de Pedra" na sensível interpretação  da atormentada Laura. Volta a Cassiano em "Elas por Elas" num impagável tempo de comédia ao lado de Luiz Gustavo e passa para a excelente personagem Francisca Moura Imperial, criada para "Transas e Caretas", por Lauro César Muniz que escreve para Eva a primeira personagem da tv vítima da  tortura pela ditadura, Maura Garcez em "Roda de Fogo".

Suas interpretações têm grande empatia com o público seja a Angelina de "De Quina Pra Lua", a Penélope de "Sassaricando", a Hilda de "Pedra Sobre Pedra", a Zuleika de "História de Amor", a Teresa de "Pátria Minha" e a Nenê de "Mico Preto" até chegar a mais uma reviravolta em sua trajetória como a Altiva de "A Indomada", brindando o público com diários shows de interpretação, e, mais uma vez, ganhando todos os prêmios de melhor atriz, inclusive o Troféu Imprensa.

O seriado "Mulher", os trabalhos com Luiz Fernando Carvalho em "O Rei do Gado" e "Esperança", e as saborosas vilãs de "Começar de Novo" e "Desejo Proibido" reafirmam o talento artístico de uma atriz que eleva o nível de qualidade da televisão brasileira justificando porque a teledramaturgia brasileira das novelas é a melhor do mundo e faz com que o público brasileiro se orgulhe em tê-la como uma das principais representantes de sua arte e de sua cultura. O público brasileiro aplaude e agradece. Bravo, Eva Wilma!