A experiência de braços dados com o frescor. Esta seria talvez a “imagem” capaz de sintetizar a nova edição da Revista CAL Digital. De um lado, a lembrança de atores emblemáticos na história do teatro brasileiro, como Rubens Corrêa, que renascerá em biografia assinada por Sergio Fonta; e o destaque a outros em plena atividade, como Eugenio Barba, diretor do Odin Teatret, em recente visita ao Brasil; Sergio Britto, que lançou, há poucos meses, um livro memorialista, intitulado O Teatro & Eu; Lionel Fischer, renomado crítico teatral; e Eva Wilma, pioneira na televisão e com carreira firmada no teatro e no cinema. Do outro, jovens atores que passaram pela Casa das Artes de Laranjeiras, ingressam nas novelas e começam a despontar no cenário atual.

Entre esses dois “mundos”, a trajetória do Coletivo Improviso, heterogêneo grupo capitaneado por Enrique Diaz, que mostrou Otro, e a bem-sucedida parceria entre Charles Möeller e Claudio Botelho, evocada através do elogiado musical Gypsy. Também integrando as Dicas da Programação, além do já citado livro de Sergio Britto, a retrospectiva de Flávio de Carvalho, no Museu de Arte Moderna, de São Paulo, a programação concebida para o Theatro Municipal, que reabriu após a reforma, o espetáculo Parsons, com coreografias originais de David Parsons, a apresentação ao público brasileiro de Pedras nos Bolsos, texto de Marie Jones, e a carreira de Quincas Berro D’Água, adaptação de Sergio Machado para um dos mais divertidos romances de Jorge Amado (A morte e a morte de Quincas Berro D’Água).